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Mostrando postagens de fevereiro, 2023

Boletim de ocorrências #62

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Boletim de última hora. Não que seja aquela coisa de “Extra! Extra! Boletim de urgência!” com a musiquinha do plantão da globo, que deixa todo mundo tenso, sabendo que aconteceu alguma desgraça. Não. Última hora, aqui, quer dizer que não consegui escrever nada durante a semana e que vou ter que inventar alguma coisa pra falar agora, algumas horas antes de publicar o boletim da semana. Porque, sim, caso ninguém tenha notado, agora os boletins são semanais. Saem todas as sextas, de manhã. E por que eu não tive tempo de escrever esta semana? Seria preguiça? Seria insônia? Seriam problemas pra resolver? Nada disso... é que esta semana, comecei aquele novo trabalho. Resolvi testar por algumas semanas como seria trabalhar em um escritório, com horário fixo, de segunda a sexta, com pausa na hora do almoço, e essas coisas de adulto normal. Essas coisas que nunca tive na vida. Desde pequeno, vejo meus pais trabalhando em fim de semana, folgando na quarta-feira, almoçando depois que

Boletim de ocorrências #61

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As reviravoltas que o mundo dá... Estava aqui, pensando na história de tirar um doce da boca de criança. Acho que é uma expressão pra dizer que algo é muito fácil de ser feito, mais fácil que tirar doce da boca de criança. Em primeiro lugar, não sei se é tão fácil assim, tirar um doce da boca de uma criança. Aliás, deveria ser o contrário, já que para as coisas ficarem mais fáceis, acho que o pessoal coloca um doce na boca da criança, pra ela ficar quieta e parar de incomodar.  Mas quando lembrei desta expressão, pensei que tinha outro significado. Achei que era dar uma falsa esperança e depois tirar essa esperança de alguém. Não sei de onde tirei essa interpretação. Na verdade, sei sim. É que, realmente, devo estar lendo esta expressão com meus olhos do momento presente. Cheguei de férias e assim que cheguei, tive a perspectiva de uma mudança na minha vida. Algo que eu estava esperando há algum tempo e meio que já tinha desistido. Uma mudança profissional . Falando sincerame

Boletim de ocorrências #60

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Estava pensando nesta história do tempo. Da passagem do tempo e de como ela realmente é relativa. Porque cheguei naquela idade em que as relações e os eventos começam a ser contados por décadas. Os amigos da faculdade, já são amigos de mais de vinte e cinco anos. O encontro no Rio foi há quase dez anos. As crianças da família, já são quase adolescentes ou até já são adultas. E o cúmulo: a última visita a uma prima tinha sido há vinte e nove anos, em Salvador. Mas talvez seja normal. A gente cresce e vai construindo sua vida, não necessariamente em volta dos pais. Coisas acontecem e decisões são tomadas. Mudanças. O Brasil é grande e o mundo mais ainda. Vai ficando difícil se organizar para ver todo mundo todos os anos. No meu caso, férias perto da família, além de ser uma forma de manter laços, acompanhar e fazer parte da vida de pessoas que amo, também são uma ocasião de tentar resolver questões pendentes. Nem sempre é possível, nem sempre é agradável, mas é sempre necessário.

Boletim de ocorrências #59

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Acordei super cedo. Cedo, tipo cinco e meia da manhã. Daí, fiquei alguns minutos colado nas redes sociais. Abri a janela e vi o sol na copa das árvores, o céu azul e pensei que seria um bom momento para escrever um boletim. Só que entre eu achar que estava inspirado e vir aqui, já não sei mais o que dizer. Queria descrever algumas situações com um túnel do tempo. Com uma cápsula que me transportasse para os lugares do passado. A boate que fechou, a fila da festa, o restaurante da madrugada, a locadora de vídeo. É que férias, rever amigos, estar na cidade em que vivi há vinte anos, é claro, me deixa saudosista. Mas ao abrir o documento no computador, a página não estava vazia. Tinha algumas ideias anotadas, provavelmente para um momento sem inspiração. Estava escrito assim: “Olha, se tem um bicho que eu não tenho pena é aranha.” E uma lista de palavras relacionadas ao tema aranha. É que eu sempre tive uma espécie de fobia de aranha. Quer dizer, sempre não. Desde que eu tive a