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Mostrando postagens de abril, 2023

Boletim de ocorrências #71

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Vou confessar: não consegui. Queria, mas não consegui. Tentei. Só que não rolou. Algum problema com tecnologia me impediu. Falhei. Esta semana, quis pedir para a inteligência artificial escrever o texto no meu lugar. Quis, mas não fiz. Não por livre e espontânea vontade, mas porque não consegui criar um perfil no site. Apenas isso. Se não fosse por esse pequeno detalhe, hoje, vocês estariam lendo um texto escrito por uma falsa inteligência. Artificial. Ao invés disso, vão ter que ficar com uma ignorância natural. A de sempre. Verdadeira. A minha inteligência, que não foi capaz nem de se inscrever no tal site. Mas fiquei curioso para saber o que poderia ser esse texto, se tivesse sido feito por um algoritmo. Falaria da minha mãe? Da minha falta de tempo para escrever? Do meu desgosto com o mundo do trabalho? Será que ela, a inteligência, ou ele, o algoritmo, saberia que não estou mais fazendo terapia? Ou que estou precisando de terapia novamente? Teria o meu senso de humor? Seri

Boletim de Ocorrências #70

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Falar aqui, hoje, de passagem do tempo. Quer dizer, de como eu falho absurdamente em administrar meu tempo livre. É que passei quatro semanas publicando uma série de textos escritos no ano passado e pensei que com esse tempo livre eu prepararia vários boletins de ocorrência adiantados, pra ficar tranquilo publicando sem stress, nas semanas seguintes. E o que é que eu fiz? Nada. Não escrevi nenhum boletim e agora estou aqui, correndo na quinta à tarde, pra poder ter um texto pra publicar na sexta de manhã. O tempo passa muito rápido! Desde que eu sou ferro-moço ( steward ferroviário, comissário de bordo no trem, pra quem não entendeu), não consigo mais administrar o tempo. Por exemplo: faz dois anos (ou quatro, não lembro mais) que estou empurrando com a barriga as sessões de reeducação para a tendinite. Por falta de tempo. O papel nem tem mais validade. Se eu quiser fazer as tais sessões, vou ter que passar a vergonha de pedir PELA TERCEIRA VEZ para o meu médico assinar a req

Boletim de Ocorrências #69

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Então, é natal... Claro que essa foi a música que ficou se repetindo nos meus pensamentos na manhã do domingo de páscoa. Vai entender porque meu cérebro decidiu que a voz da Simone ia ficar grudada o dia inteiro na minha cabeça , me questionando o que eu fiz neste ano que termina e nasce outra vez. A culpa é que não tem nenhuma música popular de páscoa. Então só sobrou a canção tradicional de natal. Quer dizer, tem aquela: coelhinho, se eu fosse como tu, tirava a mão do bolso e botava ela no coooelhinho... e por aí vai. Mas essa não conta. Ela não provoca nenhuma reflexão filosófica, sobre o sentido da vida. Ela não provoca nada, nem risos, acho. Então... ficou essa música na minha cabeça por horas a fio. E eu nem sei a letra inteira, então foi realmente a repetição de uma única frase, martelando ao longo do meu dia. Mas pensando bem, a páscoa também é um momento de algo que termina e nasce outra vez, né? Então tudo bem. "Então é natal" pode, sim, ser reciclada para