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Mostrando postagens de abril, 2022

Boletim de Ocorrências #29

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Então... vamos lá, tentar ser poético. Terminou a quinta semana do blog. Quem diria que eu ia conseguir manter esse ritmo durante cinco semanas! Penso seriamente em diminuir para 2 ou 3 vezes por semana para poder fazer outras coisas, que tomariam mais tempo, com esses textos. Quem sabe uns áudios (não ousaria chamar de podcast). Aceito opiniões. E esta semana foi uma semana de dia certo. Por “dia certo” quero dizer que o boletim 25 foi dia 25, o 26 dia 26, e assim por diante, até hoje. Se eu continuar escrevendo, isso vai ocorrer outras vezes. Não saberia dizer de quantos em quantos séculos. Não sou Nostradamus. Epa. Acabo de me dar conta que não, isso nunca mais vai acontecer! Ri alto, mas me senti um idiota, agora. Imagina o boletim 84, caindo no dia 84 do mês de julho. Impossível. A não ser que você seja daqueles que acreditam que o impossível é feito de pequenos possíveis , não é mesmo? Mas essas simetrias me agradam. Mais do que me agradam, acho que sou meio obcecado por

Boletim de Ocorrências #28

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Bom... hoje, talvez, seja o dia de falar do assunto que eu queria já há uns dias. Não é nada de extraordinário. Aliás, infelizmente, é algo bem ordinário. Apenas um pensamento que sempre me vem à cabeça quando atravesso a rua. Olha só, outro dia falei de um cara que atravessou a rua no meio dos carros e hoje vou falar de algo que penso quando atravesso a rua na faixa de segurança. Claro que na minha cabeça eu já tinha escrito um parágrafo super legal pra introduzir o assunto de forma surpreendente. Mas isso foi há muito tempo atrás, antes de eu tomar café. Agora, depois do café, já não lembro mais . Então vou ir direto ao assunto. Racismo. É que eu atravesso a rua de maneira meio imprompta. Existe essa palavra? Digamos, imprevisível. Quero dizer que, de repente, como se eu não olhasse antes de atravessar, eu atravesso. Assim, confiando que os carros vão parar porque eu estou atravessando na faixa de segurança e tenho a prioridade. Na verdade, em geral, eu olho antes de atravessar,

Boletim de Ocorrências #27

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Muito difícil escrever, hoje. Sem tempo. Mas tinha um assunto que eu queria falar. Há dias. Resolvi ir dormir e escrever na manhã seguinte, com mais calma e tranquilidade. Mais descansado. Só que... Só que agora são cinco da manhã. Cinco da manhã! Da manhã seguinte. Aquela, em que eu deveria estar calmo, tranquilo e descansado. Ou seja, não estou. Outras coisas ocuparam a minha mente durante essa noite, essa madrugada. Os problemas da vida cotidiana. Problemas da vida cotidiana, para adultos que não têm filhos, significa medo de ter mais contas pra pagar. Imprevistos. Dívidas. Obras (na casa, não de arte). Problemas com os vizinhos. Reunião de condomínio. Acionar o seguro do apartamento. Declarar os impostos. Enfim, aquelas coisas que fazem a gente (eu, pelo menos) querer jogar tudo pra cima (como se tudo estivesse nas nossas mãos) e sair correndo gritando. Desaparecer, antes que tudo o que foi jogado pra cima caia de volta. Aquelas coisas que fazem a gente (eu, pelo menos) ter vonta

Boletim de ocorrências #26

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Anteontem, esse mesmo dia da foto , do sorvete e da cerveja, foi um verdadeiro dia de folga. Também fui ao cinema. Fui assistir a um filme sobre uma bailarina que machuca o tornozelo e se confronta com a decisão de parar ou não de dançar. Ela passa pelo processo de curar suas feridas, físicas e emocionais, e descobrir como pode continuar se expressando pela arte. Não era disso que eu queria falar hoje. Nem gostei tanto assim do filme. Mas pensando bem, está ressoando em mim, essa história. Essa história de bloquear a criatividade, não se permitir ser criativo por causa de uma grande ou de uma pequena lesão. E, aos poucos, descobrir novas formas de colocar os pés no chão, de carregar seu peso e de usar seu corpo e sua mente para traçar novos caminhos. Seus próprios caminhos. Seria isso, a tal resiliência ?   Mas, realmente, não era disso que eu queria falar hoje. Não insista! Hoje, eu queria dizer que quando saí do cinema naquela noite quente de primavera, senti um cheiro familiar